Vinhos do Baixo Alentejo
Vidigueira DOP
Os bons vinhos do Baixo Alentejo
O vinho é outro pilar da economia e da gastronomia do Baixo Alentejo, a produção de vinhos ocupa um lugar de destaque. O Baixo Alentejo produz 237.555 hl de vinhos,
do total de 1. hl de toda a produção do Alentejo, o terceiro maior produtor de vinhos de Portugal continental, depois do Douro e de Lisboa,
segundo os últimos dados disponíveis (IVV, 2020-2021).
As
Vinhas da Vidigueira encontram-se nas terras mais ao sul do Alentejo. Seu clima, porém, é bastante ameno. Quanto aos
solos, estes "são pouco produtivos, predominantemente de origem granítica e xistosa". Outrossim, "apesar da localização tão a sul, a
Vidigueira foi durante anos palco privilegiado para os vinhos brancos alentejanos, graças ao clima temperado da sub-região" (CVRA).
O concelho (município) de Vidigueira (com 108.605 hl) produz quase a metade de todo o vinho do distrito de Beja (237.555 hl),
sobretudo Vinhos DOC tintos (63.474 hl) (IVV, 2020-2021).
Vinhos do Alentejo © / Ilustração
Rota do Vinho
Seguir a Rota do Vinho no Baixo Alentejo é uma excelente opção para descobrir os principais cconcelhos (municípios) produtores, de Vidigueira a Beja, com
visitas a adegas e degustação dos vinhos e outros produtos do terroir alentejano. Ver outras
atividades
Estes vinhos, de "forte exuberância aromática, vinhos redondos e suaves"
[1], conquistam os paladares de gastrônomos dos mais diversos recantos.
Uma cultura antiga
A cultura da vinha no Alentejo perde-se na noite dos tempos, antes mesmo da invasão Romana. Entretanto, fato é que foram os Romanos
os que mais deixaram suas marcas até os dias de hoje na cultura da vinha nesta região. As técnicas que estes utilizavam, como a
"técnica de fermentação em grandes âmforas de argila" (CRVA) ainda são visíveis no Alentejo, mais do que em qualquer outro lugar.
Esta técnica ainda é utilizada hoje em dia no Alentejo.
Muita história
A invasão muçulmana paralisou o progresso das vinhas na região durante quase cinco séculos, do século 8 ao século 13. Contudo, após
a Reconquista Cristã, a cultura da vinha voltou a florescer. No século 16, "a vinha floresceu como nunca no Alentejo, com os famosos
vinhos Peramanca de Évora, os vinhos brancos de Beja, de Alvito, de Viana do Alentejo e de Vila de Frades" (CRVA). No século 17, os
vinhos do Alentejo eram considerados os melhores de Portugal, junto com os da Extremadura. Após o período áureo do século 19, nova
descida nesta curva de avanços da cultura da vinha no Alentejo. A vinha foi perdendo terreno e durante boa parte do século 20, deu
lugar ao trigo como cultura importante.