Azeites do Baixo Alentejo

Azeite de Moura DOP

Os imensos olivais do Alentejo
O Alentejo é a terra das grandes planícies onduladas, das azinheiras, dos sobreiros (e da cortiça), das vinhas (e dos vinhos) e, dos imensos olivais e do azeite. Sozinho, o Alentejo produz mais de 71% de todo o azeite de oliva português. Os olivais, como se pode imaginar, perdem-se de vista no horizonte. Desde muitos séculos atrás.

Na pacata cidade de Beja, e seus menos de 24.000 habitantes, a capital do Baixo Alentejo, sequer imaginamos que por estas terras, muito se fala de vinho. Mas o azeite também é Rei.


Guia do Baixo Alentejo, Portugal
Azeite de Moura DOP, Baixo Alentejo © / Ilustração



O cuidado com a azeitona

No Baixo Alentejo, situado no sudeste de Portugal, com fronteira a leste com a Espanha, as atividades extrativas ligadas à produção do azeite perde-se na noite dos tempos. As técnicas empregadas mantiveram o essencial: o cuidado maior no trato com a azeitona para preservar ao máximo a qualidade do produto final: um azeite fino, verde amarelado, com baixa acidez e nível de peróxidos (<15) cuja qualidade final é reconhecida no mundo inteiro.


Casas agrícolas e Cooperativas

Em geral, esta atividade está a cargo de casas especializadas, cadastradas junto ao orgão regulador o qual inspeciona e controla a qualidade do azeite.


Cooperativa Agrícola Moura Barrancos

No caso do Baixo Alentejo, o grande destaque é a CAMB - Cooperativa Agrícola Moura Barrancos - a cargo da produção do Azeite de Moura DOP. Este azeite tem recebido vários prêmios no exterior. Reputado por ser fino e de excelente qualidade.


Olivais tradicionais do Baixo Alentejo

Os olivais de sequeiro são tradicionais no Baixo Alentejo. "Em 2018 o Alentejo era responsável por 179 mil hectares de olival, do total dos 361 mil existentes em Portugal, cerca de 9,5 por cento da área agrícola". O impulso dado à olivicultura no Alentejo, nos últimos anos, fez a produtividade nacional "quadruplicar, apesar de haver menos olivais nas outras regiões do país [5].

Os olivais tradicionais representam, geralmente em terrenos menos importantes do ponto de vista econômico, correspondem a "80% da área de olival em Portugal e 35% da produção nacional de azeite" [6].


Olivais de sequeiro X Olivais irrigados

Nos últimos anos, um importante grupo espanhol investiu pesado na criação de uma importante área de cultura de oliveiras em modo super intensivo, de olivais irrigados nas redondezas da barragem de Alqueva.
O resultado foi um salto significativo da produtividade total. Entretanto, alguns acusam este sistema de regadio de destruir a flora local. O fato é que enquanto no resto do país os olivais diminuem, no Alentejo, esta cultura deu um salto.