Azeites da Beira
Azeites de Portugal
Azeites com baixa acidez
A oliveira existe em Portugal desde tempos remotos. Na Beira, a atividade agrícola ligada ao fabrico do azeite é igualmente bastante antiga. O uso
do azeite na alimentação, muito comum nna Bacia do Mediterrâneo, perde-se na noite dos tempos e se espalhou por estas terras. "No livro
Ensaios Sobre história de Portugal,
de Vitorino Magalhães Godinho é referida a riqueza do azeite da Beira Interior. Também relata a destruição de um grande número de olivais, durante
a Guerra da Independência, sendo posteriormente replantados na Beira Baixa, em 1668.
O azeite vendia-se com bons lucros principalmente para o Norte Europeu e no século XVII representava cerca de um sexto das exportações portuguesas
que saíam dos portos de Lisboa e Porto" [1].
Na Beira (Beira Alta e Beira Baixa), os azeites virgem extra e azeite virgem, são "produzidos a partir das variedades de azeitona
Galega (predominante),
Verdeal Cobrançosa e Cordovil, provenientes de duas áreas diferentes, Beira Baixa e Beira Alta [idem].
Segundo estudado, "a variedade galega produz azeites com uma coloração amarelo esverdeado ou amarelo levemente esverdeado, o que está de acordo com
a análise do Cadastro Oleícola relativamente aos dois tipos de azeite em causa, embora chame a atenção para o facto das colheitas tardias tenderem a
tornar o azeite mais amarelo" (Prof. Hélder Costa, "Azeites Elementares - Estudo da Caracterização Oleícola de algumas Cultivares"), [idem].
Azeites de Portugal © / Ilustração
Azeites de baixa acidez
As olivas da Beira produzem um azeite com as seguintes características: "os Azeites da Beira Interior DOP são de baixa a muito baixa acidez.
A maior parte da azeitona utilizada é da variedade Galega, responsável pela tonalidade amarela esverdeada a amarela levemente esverdeada. E ainda
pelo aroma característico e sabor frutado" [idem].
• o "Azeite da Beira Baixa" apresenta uma côr predominantemente amarelo levemente esverdeada, amarelo claro levemente esverdeada e amarelo claro,
um aroma sui generis e um sabor a fruto [2];
• o "Azeite da Beira Aita" apresenta uma côr predominantemente amarelo levemente esverdeada, amarelo claro levemente esverdeado e amarelo
esverdeado, um aroma sui generis e um sabor a fruto [idem].
Azeites da Beira
São os seguintes os concelhos (municípios) produtores do Azeite da Beira DOP: "Meda, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Guarda, Celorico da Beira,
Seia, Gouveia e Almeida e, ainda, Sabugal, Covilhã, Belmonte, Fundão, Penamacor, Idanha-a-Nova, Castelo Branco, Vila Velha de Rodão, Sertã, Vila de
Rei e Mação [1].
Azeite na Cozinha
O azeite sempre foi utilizado na alimentação e considerado um produto essencial na cozinha, substituindo a manteiga, como fonte
de gordura na elaboração dos pratos.
Azeite e Gastronomia
Na cozinha e na gastronomia, o uso do azeite sempre foi corrente no Mediterrâneo e seus hábitos alimentares. No Alentejo comer azeitonas
é algo bastante comum. Sendo muito antiga a tradição de comer azeitonas em pão depois de temperadas essencialmente com sal e orégano.
Olivais tradicionais
As oliveiras que formam os olivais tradicionais são utilizadas na produção dos famosos e saborosos azeites alentejanos. São quatro as
variedades de azeitonas cultivadas no Alentejo: Galega, Cobrançosa, Cordovil de Serpa e Verdeal Alentejana.
Olivais intensivos
Além dos vastos olivais tradicionais, novas plantações surgiram, visando maior produtividade por hectare: os olivais intensivos (285
a 415 árvores por hectare) e os olivais superintensivos (900 a 1200 árvores por hectare) [4].
Portugal 4° Exportador mundial
Portugal é o sétimo produtor mundial e o quarto produtor da União Europeia (atrás da Espanha 78%), Itália e Grécia, que, juntos, produzem
97% do total da Europa - e 75% da produção mundial). Portugal é o quarto maior exportador mundial de azeite, sendo o Brasil seu
principal cliente. Outro fato importante: o azeite de oliva é o principal produto de Portugal exportado para o Brasil.
A nível mundial, com produção da ordem de 100 mil toneladas, Portugal ainda vem atrás de Marrocos (200 mil toneladas), Turquia
(183 mil toneladas) e Tunísia (120 mil toneladas) .