Atrações turísticas da Freguesia da Misericórdia

Bairro Alto, Cais do Sodré e Miradouro de São Pedro de Alcântara

Juntas de Freguesias

Na Freguesia da Misericórdia, a qual corresponde à parte ocidental do Centro Histórico de Lisboa, estão concentradas algumas importantes atrações da capital portuguesa: a popular Praça Luís de Camões, o agitado Cais do Sodré, com seus bares, cafés, restaurantes, discotecas, e as construções históricas do bairro, além da Igreja de Santa Catarina, para citar apenas três atrações principais.

Centro Histórico de Lisboa
É na Freguesia da Misericórdia que se encontra uma parte do Centro Histórico de Lisboa da Cidade de Lisboa.
Saber mais: Centro Histórico de Lisboa

Vista do Mercado da Ribeira, na Avenida 24 de Julho, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro
Vista do Mercado da Ribeira, na Avenida 24 de Julho, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro



Cais do Sodré

Lugar emblemático e imperdível das noites de Lisboa
O Cais do Sodré é um dos melhores luagres para aproveitar as noites de Lisboa.
Saber mais: Noites de Lisboa no Cais do Sodré


Vista do Cais do Sodré, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro
Vista do Cais do Sodré, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro



A Igreja de Santa Catarina

Símbolo da religiosidade do povo português, a Igreja de Santa Catarina ou , cuja construção data da metade do século XII, é um edifício imponente com seu estilo medieval.


O que ver na Misericórdia

Entre o Cais do Sodré e o Miradouro de São Pedro de Alcântara, o destaque é o Bairro Alto. Confira no link abaixo algumas das principais atrações turísticas da Freguesia da Misericórdia, no Centro Histórico da Cidade de Lisboa.
Ver Atrações da Freguesia da Misericórdia, Lisboa


Localização

Com o Rio Tejo ao sul, a Freguesia da Misericórdia limita-se, ao norte, com a Freguesia de Santo Antônio, ao leste, com a Freguesia de Santa Maria Maior e, a oeste, com a Freguesia da Estrela.


O popular Mercado da Ribeira, Avenida 24 de Julho, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro
O popular Mercado da Ribeira, Avenida 24 de Julho, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro



O que fazer na Misericórdia

Durante o dia: Passeios a pé e visita das principais atrações da Freguesia da Misericórdia.
Durante a noite: os destaques são as noites do Bairro Alto, com seus numerosos restaurantes, bares, cafés e casas de fado e o Cais do Sodré, com a animada vida noturna em suas discotecas. Ver mais abaixo...


Vista do Cais do Sodré, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro
Vista do Cais do Sodré, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro



Atrações turísticas da Freguesia da Misericórdia

Dentre as atrações do seu rico e variado patrimônio histórico e religioso, destacam-se:

• o Bairro Alto
Um dos lugares mais encantadores de Lisboa a percorrer a pé, descobrindo cada canto e seus encantos. Um dos pontos altos desta visita é o Miradouro de São Pedro de Alcântara, com vista deslumbrante sobre a cidade, com um pôr-do-sol imperdível.
Saber mais: Visitar o Bairro Alto, Lisboa


• algumas Casas de Fado contribuem para a animação do local. Outras funcionam em restaurantes. Os destaques são: Casa de Fado da Rua da Barroca, 56, a qual também é restaurante; a Tasca do Chico, a Adega do Machado, a Severa e o conhecido Café Luso, fundado em 1937.


• o Cais do Sodré
Num dos pontos mais agitados da noite de Lisboa, o Cais do Sodré também oferece muitas atrações durante o dia. O Mercado da Ribeira, situado na Avenida 24 de Julho concentra restaurantes, bares e cafés que atraem numeroso público.

Saber mais: Cais do Sodré, Lisboa


• a Mercado da Ribeira
"O Mercado da Ribeira é um mercado de produtos alimentares e outros no Cais do Sodré, com cerca de 10 mil metros quadrados de área coberta. Inaugurado a 1 de Janeiro de 1882, o mercado foi sofrendo sucessivas remodelações e ampliações. A 7 de Junho de 1893 um incêndio destruiu a parte do lado nascente do mercado. No ano 2000 o mercado abandonou a atividade de comércio grossista mas manteve o retalhista. Em 2001, com a inauguração do novo primeiro piso, o espaço iniciou uma nova vertente social, cultural e recreativa" [CM Misericórdia].
Endereço / Morada: Avenida 24 de Julho, 1200-481 Lisboa

• a Praça Luís de Camões



• a Praça do Príncipe Real



• o Miradouro de Santa Catarina
"A partir deste miradouro podemos observar o Tejo, os telhados da freguesia de São Paulo e para ocidente os bairros da Lapa e da Madragoa, noutra época local de pescadores e varinas. Trata-se de um espaço com vegetação escassa, dominado pela enorme estátua do Adamastor, figura monstruosa imaginada por Camões e descrita em “Os Lusíadas”, símbolo do Cabo das Tormentas, que vociferava ameaças aos navegadores que por ali passassem" [CM Misericórdia].
​Endereço/Morada: Rua de Santa Catarina, Lisboa


• o Miradouro de São Pedro de Alcântara
"No Miradouro S. Pedro de Alcântara, denominado oficialmente Jardim António Nobre, um dos espaços de passeio mais característicos da Lisboa romântica, mesmo ao lado do conhecido Bairro Alto, situam-se 2 quiosques com características diferentes, um no jardim de cima, outro no Jardim de baixo" [CM Misericórdia].

Saber mais: Miradouro de São Pedro de Alcântara


• o Ascensor da Bica
"Fazendo a ligação entre a Rua de São Paulo e o Largo do Calhariz é um dos elementos mais pitorescos da cidade de Lisboa, atravessando o popular Bairro da Bica.
Construído pela Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa, sob projeto de Mesnier du Ponsard, foi inaugurado em 1892. Trata-se de um equipamento de transporte urbano constituído por 2 carros, ligados por um cabo subterrâneo, que sobem e descem alternada e simultaneamente ao longo de duas vias paralelas de carris de ferro. Movido, inicialmente, a água e pelo sistema de tramway-cab, passou da locomoção por contrapeso de água à locomoção a vapor em 1896, conhecendo a sua total electrificação, somente em 1914. Esteve parado durante 9 anos, devido a um acidente que sofreu, tendo recomeçado o seu percurso de sobe-e-desce em 1923.
O Ascensor da Bica e o seu meio urbano envolvente estão classificados como Monumento Nacional" [CM da Misericórdia].
Localização: Calçada da Bica Pequena, 2-4; Largo de Santo Antoninho, 1-2; Rua de São Paulo, 234-236, Lisboa

Saber mais: O Elevador da Bica


• o Ascensor da Glória
O Elevador da Glória - um dos três elevadores de Lisboa - foi inaugurado em 1885, tendo sido eletrificado em 1915. Faz a ligação entre a Praça dos Restauradores, na Cidade Baixa, ao Bairro Alto.

"Inaugurado a 24 de outubro de 1885, faz a ligação entre a Praça dos Restauradores e o Bairro Alto (Miradouro de São Pedro de Alcântara), através da Calçada da Glória. Utilizava, originalmente, cremalheira e cabo equilibrado por contrapeso de água como sistema de tração, passando, mais tarde, a ser movido a vapor. Em 1915, o segundo ascensor implantado na cidade das 7 colinas, foi eletrificado.

​Os carros utilizados eram de dois pisos, com bancos dispostos longitudinalmente. Atualmente, as duas cabines têm apenas um piso, mas mantém os seus bancos longitudinais.

Em 2002, foi classificado como Monumento Nacional. (FONTE: Carris) [CM da Misericórdia].

Localização: Calçada da Glória 51, 1250-096 Lisboa

Saber mais: O Elevador da Glória


• a Noite do Bairro Alto



• a Bica dos Olhos
Construída em 1675, esta bica surge, atualmente, enquadrada num vão retangular de um edifício localizado na esquina da Rua da Boavista com a Travessa do Marquês de Sampaio, sendo alimentada por uma nascente do prédio contíguo.

Trata-se de um conjunto arquitetónico de inspiração barroca, constituído por uma base caraterizada por uma superfície plana oblíqua da qual se eleva um frontão, rematado por uma composição de simetria floral, datada no centro (1675), sob a qual exibe uma imposição camarária, traduzida na seguinte inscrição: “He obrigado o dono desta propriedade a conservar esta bica sempre corrente à sua custa”, ostentando, na zona inferior, uma tabela octogonal com as armas camarárias, onde está instalada uma bica, que verte água para uma pia semicircular, assente no plano oblíquo da base.

As qualidades curativas desta água para as doenças do foro oftalmológico estão na origem do seu nome" [CM da Misericórdia].

Localização: Rua da Boavista, Lisboa


• a Capela do Convento dos Cardais
"Este convento, fundado no séc. XVII (1681) por iniciativa de D. Luísa de Távora, acolheu as Carmelitas Descalças e, a partir de 1876, as freiras Dominicanas. Trata-se de um complexo religioso composto por igreja, dois claustros, refeitório e restantes dependências, cujo exterior, de arquitetura setecentista “estilo chão”, possui na fachada virada para a Rua do Século duas portas, de desenho barroco, dando a porta de São José acesso à portaria do convento e a de Nossa Sra. da Conceição acesso à igreja.

A sua simplicidade arquitetónica contrasta com a riqueza decorativa, de inspiração barroca, no interior, que associa talha, azulejaria holandesa e portuguesa, embutidos de mármore ao gosto florentino, imaginária e um núcleo de pintura de André Gonçalves. Destacam-se, ainda, o magnífico retábulo do altar-mor, em talha dourada de estilo nacional, datado do período imediato a 1681, e a sepultura rasa, de tampo de mármore, da fundadora, com epitáfio encimado pelas armas da família Távora.

A capela encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público" [CM da Misericórdia].

Localização: Rua Eduardo Coelho, 1-5; Rua de O Século, 123; Travessa da Horta, MURO; Travessa da Conceição, 4-8, Lisboa

• o Chafariz do Largo Agostinho da Silva ou do Monte Olivete
"Construído junto ao Arco da Rua de S. Bento (já demolido e reconstruído na Praça de Espanha), respondendo a uma ordem da Direção das Águas Livres de 12 de Junho de 1805, manteve-se nesse local até 1838, altura em que foi transferido para o início da Rua do Monte Olivete, junto à Praça das Flores.

Chafariz de planta poligonal, baixo, que não é de encosto, caracterizado pela sua simplicidade, sobriedade e alguma monumentalidade evidenciada pelo seu ritmo ondulante, traduzido num equilíbrio e simetria entre uma sucessão de concavidades, cujas esquinas surgem rematadas por pilastras com capitéis neoclássicos, coroados por pináculos decorativos, que se assemelham a urnas ou pinhas. Destaca-se, na frente principal do chafariz, um painel elegante, com moldura recortada, brasonado com as armas reais de Setecentos, rematado por um frontão em arco quebrado, semelhante a uma chaveta, e ladeado por 2 das pilastras já referidas, apresentando uma bacia de receção de águas, ampla, que percorre toda a base frontal".

​ Localização: Largo Agostinho da Silva, Lisboa


• o Chafariz da Rua de O Século
"Segundo projeto de Carlos Mardel, este chafariz ficou concluído em 1762, assumindo um importante estatuto interventivo no urbanismo de Lisboa, na medida em que, na Rua Formosa (atual Rua do Século), Mardel desenhou uma praça circunscrita a uma planta semicircular para enquadrar o referido chafariz, que surge, centrado ao fundo, encostado a uma alta parede de jardim. O seu abastecimento de água era feito através de uma derivação da galeria do Loreto, na chamada Pia do Penalva, que se localizava sensivelmente na esquina da Praça do Príncipe Real com a Rua D. Pedro V.

De conceção clássica e de grande sobriedade decorativa, assenta numa base de degraus de forma poligonal e carateriza-se por possuir um espaldar de encosto, ostentando tabelas centrais, que forma um elegante pórtico da ordem dórica, composto pela articulação de pilastras simples com capitéis trabalhados linearmente, que sustentam um frontão aberto, encimado por uma concha, a qual equilibra toda a estrutura. Sobressaindo na monotonia cromática do calcário amarelado do chafariz e da praça, três carrancas de bronze alimentam um tanque de receção de águas pouco profundo, arredondado e saliente.

Este chafariz tinha também como função abastecer o Palácio Pombal que lhe fica fronteiro".

​ Localização: Rua de O Século, Lisboa


• o Chafariz de São Paulo
"Desde o início do séc. XVII até ao séc. XIX surgiram várias tentativas para a construção de um chafariz que abastecesse de água a população do bairro de São Paulo.

Localizado harmoniosamente ao centro do Largo de São Paulo, rodeado por altos prédios pombalinos e tendo como pano de fundo a igreja do mesmo nome, este chafariz, projetado em 1848, segundo o risco do arquiteto Malaquias Ferreira Leal, foi inaugurado em 1849.

Semelhante a um projeto setecentista para o mesmo local, da autoria de D. Miguel Ângelo de Blasco, tratava-se de um chafariz de obelisco, assente sobre uma plataforma, à qual se acede através de escadaria, constituído por uma pirâmide quadrangular, que se eleva ao centro, encimada por uma esfera armilar de ferro, dispondo de 4 bicas, as quais jorram água através de 4 carrancas, de inspiração renascentista, para os respetivos tanques lobulados. Destaca-se um medalhão com as armas da cidade esculpidas em baixo-relevo, assim como a inscrição: “MARITIMOS”, que identifica a bica, do lado da igreja, como exclusiva para o uso da “gente do mar”, tal como fora pré-estabelecido desde o início da construção do chafariz".

​ Localização: Praça de São Paulo, Lisboa


• a Igreja, antigo Convento de Jesus e restos de cerca conventual
"O Convento de Jesus da Ordem Terceira de São Francisco foi inaugurado em 1632. Após a extinção das ordens religiosas em 1834 o edifício conventual foi doado à Academia das Ciências, que aí se mantém, incluindo-se nessa doação a livraria, o Museu de História Natural e de Artefactos e a galeria de pinturas.

​Durante o reinado de D. Pedro V estabeleceram-se também no imóvel o Curso Superior de Letras e os Serviços Geológicos. Inicialmente a classificação como Imóvel de Interesse Público estava atribuída somente à Igreja de Nossa Senhora de Jesus.

A partir de Dezembro de 2010, a classificação de Conjunto de Interesse Público foi atribuída ao conjunto constituído pelo antigo Convento de Nossa Senhora de Jesus, e restos da cerca conventual, incluindo a Igreja de Nossa Senhora de Jesus/Igreja Paroquial das Mercês, a Academia das Ciências, o Museu Geológico do Instituto Geológico e Mineiro, a Capela da Ordem Terceira de Nossa Senhora de Jesus e o Hospital de Jesus.

​A igreja foi construída em 1615 sendo o Convento de Jesus inaugurado em 1632. A sua reconstrução, pós-Terramoto, foi efetuada imediatamente, superintendida por frei Manuel do Cenáculo e ajudada pelo Marquês de Pombal. A igreja, de fachada setecentista, apresenta no seu interior uma só nave com capelas laterais voltadas ao centro, podendo observar-se alguns vestígios da antiga reconstrução seiscentista. Inicialmente a classificação como Imóvel de Interesse Público estava atribuída somente à Igreja de Nossa Senhora de Jesus".

​Localização: Rua da Academia das Ciências, 19-19B; Largo de Jesus, S/N (IGREJA); Rua da Cruz dos Poiais, 74-78; Travessa Arrochela, 2-4; Largo de Jesus, Portão, Lisboa


• o Convento de S. Pedro de Alcântara
"Fundado no séc. XVII (lançamento da 1ª pedra em 1680), por D. António Luís de Menezes, 1º marquês de Marialva, para religiosos arrábidos da ordem de S. Francisco, foi destruído quase por completo em 1755, tendo sido a sua reconstrução iniciada em 1783.

De planta em U, desenvolve-se em 3 corpos retangulares articulados em volta de uma escadaria de 4 lanços, decorada por azulejos, que representam a estigmação de S. Pedro, e que conduz a um adro sobrelevado e lajeado. A entrada para a Igreja, rasgada sob um pórtico de arcos e galilé, dá acesso simultâneo às Casas do Convento e à Capela dos Lencastres, edificada neste conjunto mais tardiamente, entre 1686 e 1692.

A Igreja, de nave única profusamente iluminada por grandes janelões, é predominantemente barroca, traduzindo uma harmoniosa simbiose entre talha dourada e azulejos monocromos setecentistas. De destacar, ainda, os frescos do teto e a tela original de Quillard, representando “A Coroação de Nossa Senhora pela Santíssima Trindade”. Outro aspeto curioso desta área, que engloba a Igreja e o Convento, deve-se ao facto de ter sido constituída em necrópole de pessoas ilustres, entre as quais Manuel da Maia, sepultado na Casa do Capítulo.

A partir de 1833 o Convento ficou afeto à Misericórdia de Lisboa e em 1943 passou a ser administrado, em acordo de cooperação, pelas Irmãs da Província Portuguesa da Congregação da Apresentação de Maria. Atualmente designa-se por Instituto de S. Pedro de Alcântara.

Este imóvel insere-se no tecido consolidado do Bairro Alto, classificado Conjunto de Interesse Público".

​Localização: Rua de São Pedro de Alcântara, 85 (Igreja); Rua da Rosa, S/N (Convento de São Pedro de Alcântara); Travessa de São Pedro, 2-8; Rua Luísa Todi, 1-11, Lisboa


• o Convento dos Paulistas

"O Convento da invocação do Santíssimo Sacramento foi fundado em 1647 pelos Eremitas da Serra de Ossa, também conhecidos por Eremitas de São Paulo ou de Jesus Cristo, o que justifica as múltiplas designações deste edifício conventual.

Classificado como Monumento Nacional, traduz uma arquitetura religiosa maneirista e apresenta planta articulada, em L, com a Igreja de Santa Catarina adossada a Este, formando um U.

Construção austera, de linhas simples e sóbrias, cujas fachadas surgem rasgadas a ritmo regular por janelas idênticas, de verga reta, destacando-se a entrada principal e a janela de sacada em pedra, encimada por frontão curvo, localizada no andar nobre do corpo principal. Após a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, o Convento foi objeto de várias ocupações. Já muito descaraterizado ainda é possível reconhecer no edifício vários elementos conventuais, tais como: parte do claustro quadrangular com arcada de arcos plenos, separados por pilastras; o longo e monumental corredor de acesso à zona das antigas celas dos monges; o átrio de acesso à Igreja de Santa Catarina; o espaço da antiga portaria, destacando-se os painéis de azulejos historiados sobre a vida de São Paulo Eremita e, no teto, a pintura ornamental a têmpera e o brasão central da Ordem dos Religiosos Paulistas; uma escadaria de mármore; a sacristia poligonal com estuques atribuídos a João Grossi e dois belos lavabos; e a antiga livraria conventual, atual Biblioteca do Exército, considerada uma réplica, de menores dimensões, da existente no Convento de Mafra.

No interior, podemos encontrar, ainda, bons exemplos de azulejaria, estuques e mobiliário".

Localização: Calçada do Combro, 84-96, Lisboa


• a Ermida dos Fiéis de Deus
"O templo primitivo, de caraterísticas rurais, foi construído, em parte, com as pedras acumuladas na base das cruzes existentes num cemitério, localizado fora das muralhas e que, por um costume religioso, eram lançadas pelos caminhantes invocando as almas e dizendo “seja por um Fiel de Deus”.

Foi assim edificada esta ermida, dedicada às almas do Purgatório, em 1551, por Afonso Braz, tal como pode ler-se na lápide existente do lado esquerdo da entrada. Serviu de apoio e asilo às crianças desvalidas. Em 1690, por iniciativa do Padre Gil Lourenço, foi construída a capela, com um altar em talha dourada e paredes revestidas de silhares de azulejos, representando a Vida da Virgem, acima dos quais foram colocados quadros a óleo de Bento Coelho. O terramoto de 1755 destruiu parcialmente a ermida. Contudo, a sua reconstrução manteve a estrutura arquitetónica simples e de carácter pouco urbano, de uma só nave e vários altares laterais. Integra o tecido consolidado do Bairro Alto, que está classificado como Conjunto de Interesse Público".

Localização: Travessa dos Fiéis de Deus, 111; Rua dos Caetanos, S/N (IGREJA), Lisboa


• a Igreja das Chagas
Foi construída em 1542, por iniciativa de Frei Diogo de Lisboa, religioso que instituiu a Confraria das Chagas de Cristo, composta pelos mareantes da carreira da India e das outras possessões portuguesas do Ultramar. Destruída completamente pelo terramoto de 1755, foi imediatamente reedificada em estilo setecentista, traduzido numa modesta arquitetura.

No interior destacam-se: a pintura sobre estuque do teto da nave central, atribuída a Francisco de Figueiredo, representando N. S. da Piedade das Chagas de Cristo; o retábulo, representando a Ascensão, e uma imagem da padroeira, localizados no altar-mor; o órgão setecentista do coro alto; e os silhares de azulejos da sacristia e de outra dependência, onde se podem observar, ainda, frescos e tetos apainelados com decoração.

Esta Igreja integra a Lisboa Pombalina, que está classificada como Conjunto de Interesse Público".

Localização: Rua do Ataíde, Igreja; Rua das Chagas, 4-10, Lisboa


• a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação
"Igreja paroquial inaugurada em 1708, foi totalmente destruída pelo Terramoto de 1755. Reedificada pelo arquiteto Manuel Caetano de Sousa ainda no século XVIII, as obras prolongaram-se até 1873.

Na fachada tardo-barroca, seis pilastras coríntias acentuam a verticalidade do imóvel, compartimentando o corpo central. O portal, com colunas coríntias, engloba um baixo-relevo que terá pertencido à igreja primitiva. Sobre as portas laterais, dois nichos abrigam pequenas estátuas seiscentistas. O conjunto é coroado por um frontão triangular, já de meados do século XIX. Interiormente apresenta nave única, sem transepto, com capela-mor profunda e abóbadas de canhão. Quatro capelas pouco profundas ladeiam a nave.

Este imóvel integra a “Lisboa Pombalina”, classificada como Conjunto de Interesse Público".

Localização: Largo do Chiado, Igreja da Encarnação; Rua do Alecrim, 74-86, Lisboa


• a Igreja de São Paulo
"A construção da atual igreja remonta a 1768 em substituição da primitiva, edificada no séc. XV no espaço do atual largo, a qual foi destruída pelo terramoto de 1755. O seu traçado pombalino deve-se ao arquiteto Remígio Abreu.

A fachada principal, totalmente revestida a cantaria, desenvolve-se num corpo central, rematado por frontão triangular, separado por pilastras toscanas de ordem monumental das duas torres sineiras com relógio, que surgem a ladeá-lo. Três portais rasgam esta fachada: o central, de maiores dimensões, é rematado por frontão curvo quebrado em cujo tímpano se inscreve um medalhão escultórico tendo por tema “A Conversão de S. Paulo”, enquanto os laterais encontram-se sobrepujados por áticas curvas encimadas por nichos que acolhem as estátuas pétreas de S. Pedro e de S. Paulo.

O interior, de nave única para a qual abrem 8 capelas laterais e capela-mor retangular, destaca-se pela sua decoração rococó: o revestimento de mármores polícromos e o teto de madeira pintado, atribuído a Jerónimo Andrade, da nave; a decoração de estuques, atribuída a João Grossi, da capela-mor; o retábulo de mármore polícromo do altar-mor; entre outros. No patamar de entrada da igreja pode observar-se um registo de azulejos setecentista representando S. Paulo.

Esta Igreja integra a Lisboa Pombalina, que está classificada como Conjunto de Interesse Público".

Localização: Rua de São Paulo, 71 (Igreja); Praça de São Paulo, Igreja; Travessa do Carvalho, 2 (Igreja), Lisboa


• a Igreja de São Roque
"Construída no séc. XVI, a partir de 24 de Março de 1506, sob o orago de São Roque, protetor dos doentes da peste, foi Sagrada em 25 de Fevereiro de 1515, pelo Bispo D. Duarte. Em 1553, a Companhia de Jesus toma posse deste templo, o qual conhece várias intervenções por parte dos arqs. Afonso e Baltazar Álvares e Filipe Terzi.

Classificada como Monumento Nacional, traduz uma típica arquitetura religiosa maneirista e o verdadeiro protótipo das igrejas jesuíticas portuguesas: igreja de nave única com capelas laterais intercomunicantes e cobertura em teto de madeira. A atual fachada classicizante e austera, totalmente revestida a cantaria, é resultado de um restauro pós terramoto de 1755. A riqueza espacial e decorativa concentra-se no interior, onde se articulam manifestações artísticas maneiristas e barrocas, expressas nos azulejos, mármores, pinturas e talhas.

Destaca-se a capela de S. João Baptista, encomendada em Itália, por D. João V. A expulsão da Companhia de Jesus do território nacional implicou que, por carta régia de 8 de Fevereiro de 1768, a Igreja de São Roque e Casa Professa dos Jesuítas viessem à posse da Misericórdia de Lisboa, que aí instalou os seus serviços até ao momento.

O museu anexo, instalado na antiga Casa Mãe dos Jesuítas, reúne coleções de arte sacra do séc. XVI ao séc. XVIII".

Localização: Largo Trindade Coelho, Lisboa


• a Igreja de Santa Catarina
"Fundada pelos religiosos de São Paulo da Serra de Ossa, a então designada Igreja do Santíssimo Sacramento foi edificada na 2ª metade do séc. XVII, a partir de 1654, adossada ao Convento dos Paulistas. Após o Terramoto de 1755, foi objeto de reedificação, concluída em 1763. No séc. XIX, a partir de 1835, a igreja passou a Paroquial sob o orago de Santa Catarina.

Classificada como Monumento Nacional, esta igreja conventual, traduzindo uma arquitetura religiosa barroca, apresenta planta longitudinal, em cruz latina, articulada com o convento, formando um U. É uma igreja de nave única com capelas laterais, transepto saliente e capela-mor profunda. A sua fachada principal evidencia três corpos separados entre si e delimitados lateralmente por duplas pilastras. O corpo central, de dois andares, surge rematado por frontão curvo decorado com a Custódia do Santíssimo Sacramento. Os dois corpos laterais servem de apoio a duas torres sineiras, de secção quadrada, decoradas com balaústres, ao mesmo tempo que, no piso térreo, enquadram uma galilé, à qual se acede por meio de três arcos de volta inteira, separados entre si por pilastras simples. Aí, o portal central, ladeado por pilastras, encontra-se rematado por frontão triangular interrompido pela representação relevada da Custódia do Santíssimo Sacramento. Por sua vez, o portal localizado mais à esquerda permite o acesso à antiga portaria conventual.

No interior merecem destaque a talha joanina do altar-mor, a beleza do órgão, verdadeiro monumento de talha dourada, e os estuques ornamentais, que revestem a abóbada de arco abatido da nave, datados do 3º quartel do séc. XVIII e executados por João Grossi e Toscanelli".

Localização: Calçada do Combro, s/n (IGREJA), Lisboa


• o Lago do Príncipe Real ou do Jardim França Borges



• o Lago de São Pedro de Alcântara
"O antigo Chafariz de São Pedro de Alcântara foi a mais monumental obra das Águas Livres, projetada por Carlos Mardel, que nunca chegou a ser concluída, tendo sido vítima do terramoto de 1755.

Manteve-se, no entanto, o arranjo do terreno fronteiro a São Pedro de Alcântara, com a construção da muralha, que, ainda hoje, suporta os jardins do miradouro existente na enorme plataforma destinada a ter ao centro o referido chafariz desaparecido.

A atual fonte, localizada no Jardim de São Pedro de Alcântara, jorra as suas águas para um belo tanque de mármore, de planta recortada, obra do escultor Faustino José Rodrigues. Tanque esse, que veio do Paço Real da Bemposta".

​Localização: Rua de São Pedro de Alcântara, Jardim António Nobre, Lisboa


• o Adamastor
"Trata-se de uma alegoria ao Adamastor, figura monstruosa imaginada por Camões e descrita em Os Lusíadas, símbolo do Cabo das Tormentas, que vociferava ameaças aos navegadores que por ali passassem.

​Esta representação escultórica, da autoria de Júlio Vaz Júnior, foi erigida por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa e inaugurada a 10 de Junho de 1927, no Jardim do Alto de Santa Catarina.

Imagem de forte dramatismo, patente numa cabeça de velho disforme, com fortes braços e olhar assustador, é esculpida em mármore azulino, como se fosse modelada pela erosão do mar.

O autor imprimiu a esta obra um sentido subjetivo, que se lê no subtítulo do trabalho, “A Visão do Estatuário”, na medida em que, ao colocar à sombra do gigante uma pequena representação em bronze de um homem (o próprio escultor), procurou expressar a fragilidade da vida humana.

Escultor: Júlio Vaz Júnior. Data: 1927. Material: Pedra. Estilo: Alegorias

Localização: Rua de Santa Catarina, Miradouro de Santa Catarina, Lisboa


• a Estátua de Luís de Camões
"Luís Vaz de Camões (1524-1580), grande poeta português do séc. XVI, autor de uma das obras mais importantes da língua portuguesa: Os Lusíadas.

O monumento erguido em sua homenagem, através de subscrição pública, é composto pela estátua do poeta, de coroa de louros na cabeça, empunhando uma espada e tendo aos pés uma couraça e alguns livros. Fundida em bronze, com 6 m de altura, assenta sobre um pedestal de pedra de 7,5 m, o qual integra as esculturas de oito personalidades das letras e das ciências dos séculos XV, XVI e XVII, nomeadamente Fernão Lopes, Fernão Lopes de Castanhede, Francisco Sá de Menezes, Gomes Eanes de Azurara, Jerónimo Côrte-Real, João de Barros, Pedro Nunes e Vasco Mouzinho de Quevedo. Este conjunto escultórico é uma obra de Victor Bastos, executada entre 1860 e 1867, ano em que o monumento foi inaugurado pelo rei D. Luís, em 9 de Outubro, na praça pombalina, que recebeu o nome do poeta homenageado, assentando sobre um bonito empedrado, a preto e branco, a típica calçada portuguesa, no local ocupado pelo antigo Palácio dos Marqueses de Marialva.

​Escultor: Victor Bastos. Data: 1860. Material: Bronze. Estilo: Figurativo

​Localização: Praça de Luís de Camões, Lisboa


• a Estátua de Pedro Álvares Cabral
"Do conjunto de bustos de temática clássica e da História de Portugal, localizados no segundo tabuleiro do Jardim António Nobre ou Jardim de São Pedro de Alcântara, este busto decorativo de Pedro Álvares Cabral, navegador e descobridor do Brasil em 1500, foi executado em pedra, por autor desconhecido, assentando sobre pedestal, também em pedra.

​Escultor: Autor desconhecido. Data: Desconhecida. Material: Pedra. Estilo: Figurativo

Localização: Rua de São Pedro de Alcântara, Jardim António Nobre, Lisboa


• a Estátua do Duque da Terceira
"Colocado na Praça do Duque da Terceira (Cais do Sodré), o monumento executado em 1860 e inaugurado em 1877, comemorativo do 44º aniversário do desembarque do Duque da Terceira em Lisboa, com as tropas constitucionais e liberais que comandava, integra uma estátua de bronze em cima de um pedestal de pedra, da autoria de José Simões de Almeida (tio) e de António Gaspar.

​Escultor: José Simões de Almeida (tio) e de António Gaspar. Data: 1877. Material: Bronze. Estilo: Figurativo

​Localização: Praça do Duque da Terceira, Lisboa


Vista do Largo da Academia de Belas Artes, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro
Vista do Largo da Academia de Belas Artes, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro



O que fazer na Misericórdia

Como um bairro histórico tradicional, as principais opções para atividades são bares e restaurantes, passeios nas praças, fazer compras e visitar as principais atrações turísticas do Centro Histórico de Lisboa


Vias urbanas importantes

Além de duas estações do metrô (as Estações Rossio e Praça do Comércio), grandes avenidas e ruas passam pela Misericórdia, como a Avenida da Ribeira das Naus, Avenida de Brasília, Avenida 24 de Julho, Praça das Flores, entre outras.


Rumo ao Chiado, na Calçada de São Francisco, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro
Rumo ao Chiado, na Calçada de São Francisco, Freguesia da Misericórdia, Lisboa © Google Earth Pro



+ Informações

• Endereço/Morada: Largo Dr. António de Sousa Macedo 7-d
• Telefone: 213 929 800
• Link Oficial: JF de Misericórdia



Região de Lisboa

Para quem fica um pouco mais de tempo, descobrir os arredores e a Grande Lisboa também, é um programa imperdível.





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Grande Lisboa

Além da maior aglomeração urbana do país (Lisboa), Sintra, Cascais, Loures, Almada e Oeiras completam o pódio das Top 5 maiores cidades de Portugal.

Grande Porto

No norte do país, no Grande Porto, outras cidades importantes são Vila Nova de Gaia, Braga, Matosinhos, Gondomar e Guimarães.

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