Vinhos do Alentejo
Vinhos preferidos dos portugueses
Vinhos intensos e equilibrados
Os
Vinhos do Alentejo, cujos vinhedos estendem-se por uma área de 20.800 ha, numa vasta planície da
maior Região de Portugal (um terço do território de Portugal continental), abrangem os distritos de
Beja, Évora e Portalegre.
Considerado o
celeiro do país, o Alentejo vem progressivamente aumentando seus vinhedos em detrimento da outrora
onipresente cultura de cereais.
Vinhos do Alentejo © Vinho do Alentejo
Estes vinhos, de "forte exuberância aromática, vinhos redondos e suaves"
[1], conquistam os paladares de gastrônomos dos mais diversos recantos.
Uma cultura antiga
A cultura da vinha no Alentejo perde-se na noite dos tempos, antes mesmo da invasão Romana. Entretanto, fato é que foram os Romanos
os que mais deixaram suas marcas até os dias de hoje na cultura da vinha nesta região. As técnicas que estes utilizavam, como a
"técnica de fermentação em grandes âmforas de argila" (CRVA) ainda são visíveis no Alentejo, mais do que em qualquer outro lugar.
Esta técnica ainda é utilizada hoje em dia no Alentejo.
Muita história
A invasão muçulmana paralisou o progresso das vinhas na região durante quase cinco séculos, do século 8 ao século 13. Contudo, após
a Reconquista Cristã, a cultura da vinha voltou a florescer. No século 16, "a vinha floresceu como nunca no Alentejo, com os famosos
vinhos Peramanca de Évora, os vinhos brancos de Beja, de Alvito, de Viana do Alentejo e de Vila de Frades" (CRVA). No século 17, os
vinhos do Alentejo eram considerados os melhores de Portugal, junto com os da Extremadura. Após o período áureo do século 19, nova
descida nesta curva de avanços da cultura da vinha no Alentejo. A vinha foi perdendo terreno e durante boa parte do século 20, deu
lugar ao trigo como cultura importante.
Enfim, em 1989, "a aprovação da criação da CVRA (Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo) assegurou a certificação e regulamentação
dos vinhos do Alentejo" (CVRA).
Vinhos de Talha
Os
vinhos de talha são elaborados de acordo com uma antiga técnica de vinificação do tempo das invasões Romanas
em Portugal. As uvas eram postas em
grandes talhas (jarros de argila) onde seguiam o processo da vinificação.
O Alentejo é a única região em Portugal a ter mantido esta tradição ancestral do processo de vinificação. Antes de serem postas
nas talhas (sem o engaço), as uvas são esmagadas.
Sobre os Vinhos do Alentejo
•
Vinhos Tintos:
"De cor rubi ou granada, aromas intensos a frutos vermelhos bem maduros, macios, ligeiramente adstringentes, equilibrados e com
estrutura. Adquirem complexidade com a idade" (IVV DOP Alentejo).
•
Vinhos Brancos:
"Vinhos aromáticos, frescos, harmoniosos e por vezes complexos em resultado da associação de castas" (idem).
Em uma palavra
Estes vinhos, de "forte exuberância aromática, vinhos redondos e suaves" [1], conquistam os paladares de gastrônomos dos mais diversos
recantos.
Denominações de Origem Controladas
Foram criadas e regulamentadas sub-regiões com DOC, a saber:
- Portalegre
- Borba
- Redondo
- Reguengos de Monsaraz
- Évora
- Vidigueira
- Granja-Amareleja
- Moura
Variedade de castas
Para a produção do Vinho do Alentejo são utilizadas várias castas nacionais, além de castas provenientes
de outros países (Cabernet Sauvignon, por exemplo).
Vinho Alentejano e Alentejo DOC
Além do conhecido
Vinho do Alentejo DOC, a
IGP (Indicação Geográfica Protegida) Vinho Alentejano
tem ganhado muito espaço tanto em termos de produção quanto de consumo, sendo atualmente um dos vinhos engarrafados mais consumidos
do país.
Vinhos do Alentejo © / Ilustração
Sub-Regiões dos Vinhos do Alentejo
Os
Vinhos do Alentejo são provenientes das seguintes oito sub-regiões vinícolas,
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